domingo, 20 de fevereiro de 2011

CAIA NA ESTRADA E PERIGAS VER

Qualquer professor de filosofia essencialista (ele ou ela, tanto faz) gosta de falar de como as aparências enganam. Ao filósofo do cerrado – no  momento em viagem de férias – ocorre pensar ao avesso que os enganos aparecem. E o que há por aí alem de aparências conhecíveis? Hora de baixar a bola para a singela geografia e admitir: o viajante atento nota que se equivocava demais quanto à paisagem. Já o turista usa cair em armadilhas pega-trouxa. Primeira lição destes destinos atuais: a caatinga não existe; é um cerrado disfarçado. Tem pitanga, murici e mangaba. Iguais mas diferentes. Agora, quem diria que há um pantanal no meio da chapada bahiana? Chamam de marimbus, com aguapés, jaçanãs e pequenas vitórias-régias. Um silencioso passeio  de canoa canadense e um remador com cara de guru nepalês a rir de tudo e que não sabe quanto ganha da empresa de turismo. Eis uma amostra de sua sabedoria – e esta não caberia em para-choque algum e nem na lateral da embarcação – e a citação  funciona aqui como terceirização, pois o subscritor do blog cai na preguiça e deixa que o remador reme e filosofe: “A sorte é cega: onde bate prega”. Gostaram? Tem mais: “O azar tem quatro olhos”.

E por falar nisso, Bahia, sacadas, essas coisas, quem quiser confira a letra de Os Novos Baianos, a comunidade riponga que emplacou: http://www.vagalume.com.br/os-novos-baianos/cai-na-estrada-e-perigas-ver.html 

Talvez a faixa esteja em outro disco, mas esse é o tal...

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