Vai aqui uma homenagem a Stanislaw Ponte Preta, que se refestelava no besteirol de sempre, para o qual criou a sigla do Festival de Besteiras que Assola o País. E o mundo, pois um desses dabliús, no WWW, é world.
Duas ou três ideias bestas mais uma besteira da era virtual
O mais humilde dos franciscanos
O maior anão do mundo
O mesmo circo, sem banda desenhada. As cortinas se abrem, assim que o dono do circo apresenta o sucesso da noite: O maior anão del mondo! Aplausos. As cortinas se fecham. Novo anúncio de novidade. Desta vez, virá ao palco o menor gigante do mundo! Aplausos, cortinas reabertas, etc. Um espertinho da platéia mata a charada e grita: “Mas não é o mesmo?” O dono del circo contesta la pregunta. Que não, o mesmo caiu do trapézio e não poderia se apresentar naquela noite. (Coincidência: esse quadro já pintou na telinha em tempos de Bussunda).
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O asfalto na contramão
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Faz frete |
Anedota de direita, contada pelo reaça Professor V. : O cacique político de um arraial prometeu durante décadas a construção de uma pista asfaltada, que trouxesse o progresso e o crescimento aos moradores. Com o asfalto pronto, quase todos se aproveitaram da recente facilidade para... se mudarem para a capital.
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Vamo simbora pra Borá!
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Small is beautiful (foto uol) |
É fácil fazer a lista das maiores cidades do Brasil. E as menores? Quais são? Uma delas está aqui perto da fronteira MG/GO: Anhanguera. Do lado de lá, que minguou sem a ferrovia.
Uma outra, aliás, a menor do Brasil, é Borá, no Estado de São Paulo. Pouco mais de 800 habitantes, ou almas, como diriam Vieira e outros pastores. Agora ali e em todos os lugares pessoas são sobretudo consumidores, inclusive de guloseimas e fantasias. Uma fábrica de pastilhas resolveu listar todos os moradores de Borá em um blog ou comunidade facebook. A cidade com 100% de pessoas plugadas! Meio na marra, é claro, ou pra ganhar um brinde. Uma idéia besta, típica da era dos milionários que fugiram da escola e agora já são declarados santos, da noite para o dia, com direito até a velório virtual.
Não, não. Nada de inveja aqui, até porque – parafraseando Felippe Laurent de les Bouchoux – se todo mundo tiver carro, ninguém anda de carro. Ou seja, não se pode contar com isso: todo mundo com o seu bloguezinho um dia. Aí fica difícil ser lido ou acessado, que seja.
Nada disso. E nada daquilo. Uma empresa imobiliária quis dar uma de espertinha e resolveu lançar a campanha: “Simbora pra Borá! Vamos morar todos na menor cidade do país!” O prefeito, que parecia primo de Odorico Paraguaçu e nem um pouco besta, pisou no freio da especulação. “De jeito maneira!”, disse ele, pois ser menor “é nossa garnizé dos ovos de ouro”. E acrescente-se: os deslumbrados da era digital, que queiram faturar alto com a miniaturização, que inventem um novo tamanho de tela para seu brinquedinho pós-telefonia. Tá ligado?
....febe@p@ebef....
("O Circo", tirinha tirada da gaveta, era publicada no jornal Primeira Hora, Udi, por volta de 1981)