segunda-feira, 17 de julho de 2023

Voto de cabresto e entreveros acadêmicos

Caros leitores e queridas leitoras, desculpem a falta de imagens e a formatação pobre. Deu tilt aqui e não posso me demorar na lan house...(F do C) O colega Prof. Dr. Cícero JAS Neto comenta a causa depois de ler as duas resenhas que publiquei neste blog. Quem quiser ler meus textos, procure em posts recentes. Agradeço a consideração do colega, ao visitar este blog e retomar uma conversa sobre metodologia e coisas parecidas, do tempo em que trabalhamos juntos na UFU, desde 1985. Prof. Bento, colega de trabalho e amigo pessoal. Inicialmente, manifesto o meu agradecimento por uma atitude nobre de resgatar e provocar um debate acadêmico em torno da dissertação e da tese, sobre a temática do coronelismo no sertão nordestino, em geral, e no Seridó potiguar, em particular. Após duas tentativas inviabilizadas por conta dos aplicativos usados, argumento esta reflexão com um novo tom analítico: socialização desta temática por intermédio do IFILO, via instrumentalização do Ciro Amaro, após a sua dissertação de mestrado, ok. Vamos aos pontos básicos: duas vertentes devem ser focadas: a questão conceitual e a abordagem metodológica. O intrigante, em relação ao primeiro tema, o coronelismo, se transforma no ponto de conflito interessante de ordem pessoal, em função de que, na formação teórica do início do mestrado, se transformou na crise pessoal. Por quê? A referência interpretativa dominante era balizada pela escola uspiana, direcionada pela argumentação analítica da Prof. Maria Isaura. Ficava me perguntando: o que vim fazer aqui? Se a análise da professora, consagrada estudiosa da questão do poder local, apresentava uma leitura significativamente hegemônica, aonde um nordestino potiguar pretende enveredar? Crise real, moço. Entretanto, como a trajetória de cada um é escrita de forma singular, ok. No primeiro evento na USP, no qual a doutora estava presente e, após a exposição da comunicação oral, a investigadora deu um “banho” de diplomacia e incentivo, apoiando e estimulando a pesquisa temática na diretriz do coronelismo. O susto inicial veio para a realidade e expulsou a visão distorcida do objeto de estudo, ponto. Moço, se a professora da USP está falando isto, de onde vem este papel de limitação acadêmico? Realmente, a atitude e a cordialidade da pesquisadora se transformaram num impulso significativamente representativo do que se estava escolhendo como procedimento metodológico investigativo. O debate interpretativo sobre a questão do poder local tinha uma estrutura sólida, ao se identificar as origens das linhas reflexivas dominantes: USP e STF, ficou clara a pequenez? Aonde o olhar investigativo do nordestino pretende caminhar? E a chave representativa da ruptura aconteceu, por dois motivos singulares: inicialmente, a participação nos eventos acadêmicos, de forma permanente, contribuiu para referendar que se abria um espaço analítico profundo. Por quê? A percepção inicial do pesquisador iniciante não tinha percebido um detalhe real: os analistas eram interpretes de um real histórico que eles nunca tinham se aproximado, com certeza. Apesar do ministro ter, em suas mãos, leituras documentais representativas fundamentais para a sua reflexão, existe um real verdadeiro: faltava o trabalho de campo, na via sociológica, com certeza. A doutora da USP não teve tempo para exercer este papel, afinal de contas, vivia numa dimensão São Paulo-Paris, por exemplo. O insight se instala: existe algo vulnerável no procedimento metodológico a ser explorado, com certeza. E a motivação significativa da nobreza da Professora Maria Isaura em reconhecer que havia um campo investigativo a ser explorado. Foi dito que existiam dois motivos fundamentais para a exploração da leitura teórica. O segundo se refere na revisão bibliográfica na Unicamp, nas publicações dos periódicos abundantes que abordavam a temática. Principalmente, em espanhol: na realidade mexicana, latino-americana e europeia: restrito, principalmente, as abordagens conceituais. Moço, o horizonte dizia algo: o campo investigativo está aberto. Por exemplo, para focar num debate representativo do que foi despertado: a distinção entre os sistemas de mediação e intermediação na realidade da dimensão do poder local. Este tema não havia sido focado na leitura dos analistas representativos desta questão. Espera, algo se encaixava com a pequenez de outrora. Se a leitura dominante não abordava a encruzilhada interpretativa, real e histórica, por que não focar na exploração da divergência conceitual. E a chave fundamental de cair na real: no trabalho de campo, no mestrado, aconteceu a ratificação de que existe um existencial que não foi visitado pelos analistas brilhantes. Mas, que não foram ao mundo concreto. Operacionalmente, a vertente do testemunho memorialista sinalizou por qual via perceber a fonte da caminha metodológica. E detalhe significativo: inicialmente, o foco investigativo resgataria homens nascidos no Século XIX, ou seja, testemunhos de homens do campo que teriam condições de fornecer detalhes investigativos que se provocaria a percepção de um horizonte analítico representativo do olhar de um pesquisador novo que não estaria preso ao mundo da dimensão superior que não tinha a dimensão do contexto concreto. Algo compreensível e concretamente real. Ao se perceber esta via, o trabalho de campo confirma a mudança básica de mentalidade pequena e reconhecer que o trabalho iria ratificar as leituras dos artigos oriundos de inúmeros estudos interpretativos pelo mundo afora, até asiáticos. Gente, uma mina reflexiva se apresentava, de forma coerente. Neste sentido, brotou a confiança pessoal. E as participações nos eventos brasileiros e latinos, com certeza, ratificaram a pretensão reflexiva delirante de separar os sistemas de mediação e intermediação, que a literatura analítica teimava em amalgamar. És o caminho metodológico que se apresentava para mudar a visão de colonizado analista. Algo novo pode ser dito. Vamos a um exemplo: na banca de avaliação do projeto de doutorado, vejam bem, doutorado, houve um questionamento significativo de que se estava transformando o cabo eleitoral numa dimensão revolucionária. Agora, o debate se carregava de confiança e inexistia a pequenez do passado analítico. E, para confirmar o fundamento da diretriz reflexiva, o testemunho memorialista do entrevistado ratificava a leitura paradigmática. Opa, chegou o fundamento da tese, algo real e historicamente comprovável, com certeza. E, novamente, nos eventos latinos e brasileiros, além da Portugal, o foco interpretativo se consolidava, de forma coerente. O que dominava no passado, a pequenez, se transporta para a confiança que a matriz analítica se pontuava na direção historicamente coerente. Enfim, Prof. Bento, este lado pode contribuir para um viés de uma leitura incentivadora da diretriz que desafia cada um no caminho da proposta investigativa e que, realmente, temos que reeducar os limites internos que bloqueiam a proposta de trabalho singular de cada um. Boas vibrações energéticas positivas neste seu empreendimento virtual que só tende a tomar uma dimensão representativa de um acadêmico que se aposenta, mas, não se afasta do investimento em dar trabalho para o intelecto, senão alguém estará ali na esquina para se desenvolver na nossa mente cansada. Parabéns pela atitude espero ter contribuído. E já sinalizo uma contribuição nova, a via temática da relação emoções-câncer, que se visa compreender a dominação social registrada no canal somático, principalmente, pela via do sofrimento oncológico. E que, também, tem sido amadurecido por algumas participações nos grupos de estudos envolvendo a sociologia das emoções e a saúde. Valeu e vamos investir.