sábado, 13 de abril de 2013

INVENTOS

First of all, ou seja, pra retomar o post anterior, nosso editor esclarece: boicote. A Coréia do Norte, na figura insólita de seu ditador bien gordito e tonto, deve ter mexido em nossa máquina aqui. Fizemos referência à famosa disjuntiva: a guerra da Coréia aconteceu há cinco décadas como tragédia e... pode voltar agora como farsa. Mas o texto saiu corrompido e - grande sacanagem - até mesmo a foto de meu vizinho Barão the Third saiu mordida. Não sabemos a quem apelar, já que aquela meia península não escuta nem a ONU, nem o Papa, nem a tia do dito cujo.

Sem querer consertar, completamos o post anterior, com sua trilha sonora, talvez também desviada por regimes sem jogo de cintura. Aqui vai o link para o hit "Take it easy", de um certo Mika.
Relax... relax...

E é bom que se diga: "I'm easy like sunday morning" (mas isso, diga-se, depois que paramos de fazer a feira de horti-tutti-fruttis, pois the task was pretty hard - working like a dog from the city surroundings.)

Mas, vamos voltar para a filosofia, ou seu campo de interesse mais amplo, a cultura (talvez aquela se reduza, um dia, a esta - em "tempos sombrios" por vir, como diria tia Hannah Arendt). Talvez algum espertinho, leitor de outro blog desta mesma holding fique sabendo que o cara vai se aposentar e nos venha com a pergunta, já feita por uma Sra. Merítissima: para que serve a filosofia? Ou, mais fácil: o que é que esse filósofo do cerrado já inventou?

Ah! Boa pergunta. E duas curtas resposta, breves como um conto do Jorge Arantes. Sim, duas invenções super-sintéticas, densas. Registradas em cartório, com TM, Trade Mark:

BIG (BR)OTHER  


Em 2001 ou 2002, participava este filósofo de um grupo de altos estudos, entre psicanalistas, psiquiatras e quetais, em Porto Alegre. Um dia, eles viajavam naquele papo de "o grande outro". Em vez de falar do "ganz Anders", da Teoria Crítica, preferiu ele ir ao quadro e escrever aquilo: Big brother, que inclui big other. No sentido original de Huxley. Interessante ver hoje que a obra Brave new world é de 1932, ano em que nasceu Dona Enedina, mãe do filósofo em tela e xará de uma cangaceira do grupo do Lampião.

Mas, como no Brasil o pesadelo virou brincadeira de lesadô sarado de baixo QI, talvez ficasse melhor o BR em verde-amarelo. Tipo, vigia nóis que não tamo nem aí - desde que a gente ganhe um milhão...

BIG (BR)OTHER  


E a outra grande invenção. Grande por ser breve, concisa. Uma sacada semelhante a marca Lubrax, também com BR, marca de óleo para motor. Foi um poeta concretista, Pignatari ou Leminski que inventou essa marca, forte por causa do X. E aqui vamos nós. Em 2013, ano em curso, no curso de filosofia, em aula presencial e mucho doida, veio-me essa idéia. O erudito e agitado engº Roberto aplaudiu. Ele que passara a admirar o mestre ali depois do papo sobre o Paredão. Quem conhece o Paredão? Lugar do duelo final na obra do João Rosa, perto do rio Urucuia. Roberto conhece. Era terra da avó dele. E elezinho ali, o filósofo do cerrado, que foi lá pra isso: conhecer o lugar real de um entrevero encantado. Convera ia, conversa vinha und dann hat es mir eingefalle:

GRAN DESERTÃO :




Pô. Arrasou. Depois dessa, solta os letreiros e umas figurinhas.


OBRA PUBLICADA EM 56,
ano de mim



Nenhum comentário: