quinta-feira, 13 de outubro de 2011

FEBEAPÁ RELOADED

Vai aqui uma homenagem a Stanislaw Ponte Preta, que se refestelava no besteirol de sempre, para o qual criou a sigla do Festival de Besteiras que Assola o País. E o mundo, pois um desses dabliús, no WWW, é world.
Duas ou três ideias bestas mais uma besteira da era virtual
O mais humilde dos franciscanos


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O maior anão do mundo

O mesmo circo, sem banda desenhada.  As cortinas se abrem, assim que o dono do circo apresenta o sucesso da noite: O maior anão del mondo! Aplausos. As cortinas se fecham. Novo anúncio de novidade. Desta vez, virá ao palco o menor gigante do mundo! Aplausos, cortinas reabertas, etc. Um espertinho da platéia mata a charada e grita: “Mas não é o mesmo?” O dono del circo contesta la pregunta. Que não, o mesmo caiu do trapézio e não poderia se apresentar naquela noite. (Coincidência: esse quadro já pintou na telinha em tempos de Bussunda).

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O asfalto na contramão

Faz frete
Anedota de direita, contada pelo reaça Professor V. : O cacique político de um arraial prometeu durante décadas a construção de uma pista asfaltada, que trouxesse o progresso e o crescimento aos moradores. Com o asfalto pronto, quase todos se aproveitaram da recente facilidade para... se mudarem para a capital.
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Vamo simbora pra Borá!

Small is beautiful
(foto uol)
É fácil fazer a lista das maiores cidades do Brasil. E as menores? Quais são? Uma delas está aqui perto da fronteira MG/GO: Anhanguera. Do lado de lá, que minguou sem a ferrovia.
Uma outra, aliás, a menor do Brasil, é Borá, no Estado de São Paulo. Pouco mais de 800 habitantes, ou almas, como diriam Vieira e outros pastores. Agora ali e em todos os lugares pessoas são sobretudo consumidores, inclusive de guloseimas e fantasias. Uma fábrica de pastilhas resolveu listar todos os moradores de Borá em um blog ou comunidade facebook.  A cidade com 100% de pessoas plugadas! Meio na marra, é claro, ou pra ganhar um brinde. Uma idéia besta, típica da era dos milionários que fugiram da escola e agora já são declarados santos, da noite para o dia, com direito até a velório virtual.
Não, não. Nada de inveja aqui, até porque – parafraseando Felippe Laurent de les Bouchoux – se todo mundo tiver carro, ninguém anda de carro. Ou seja, não se pode contar com isso: todo mundo com o seu bloguezinho um dia. Aí fica difícil ser lido ou acessado, que seja.

Nada disso. E nada daquilo. Uma empresa imobiliária quis dar uma de espertinha e resolveu lançar a campanha: “Simbora pra Borá! Vamos morar todos na menor cidade do país!” O prefeito, que parecia primo de Odorico Paraguaçu e nem um pouco besta, pisou no freio da especulação. “De jeito maneira!”, disse ele, pois ser menor  “é nossa garnizé dos ovos de ouro”. E acrescente-se: os deslumbrados da era digital, que queiram faturar alto com a miniaturização, que inventem um novo tamanho de tela para seu brinquedinho pós-telefonia. Tá ligado?
....febe@p@ebef....


("O Circo", tirinha tirada da gaveta, era publicada no jornal Primeira Hora, Udi, por volta de 1981)

3 comentários:

Arimatéa disse...

O prefeito de Borá está cheio das razões. Esses 800 "proprietários" dessa "garnizé dos ovos de ouro", seriam bem constrangidos com esses brinquedos que as imobiliárias gostam de arrumar. É fácil o deslumbramento por um recanto dessa natureza. O que não é fácil é conter a gana por grana dos deslumbrados: ARREBENTA A GARNIZÉ, tem muita granja por aí...

Anônimo disse...

É isso mesmo. Primeiro falam do "boom da construção" e da falta da mão de obra. Depois, lamentam que nem todos os lugares cresçam, pois muitos de fato encolhem,
nesse modelo besta de concentração.

Valeu.
BB

Unknown disse...

Legal esse seu blog