sexta-feira, 25 de março de 2011

A ORELHA DE RAFAEL

Tem hora que mesmo um filósofo trabalha por encomenda. O filósofo do cerrado, por exemplo, escreveu um ensaio, após alguma pesquisa, sobre o grotesco. Está na net, de graça. Pois agora vai ter que fazer uma orelha para o livro do colega RCS. Por enquanto, tem duas imagens: uma garrafa com uma mensagem dentro e um barco. São duas raras referências à Teoria Crítica.

Se um dia a barbárie tomar conta do mundo e ninguém quiser saber desse lance de cultura, tomara que a Teoria Crítica sobreviva, flutuando com um recado para o futuro.

O barco não é exatamente este, mas saiu do mesmo porto de Hamburgo levando judeus que fugiam da guerra, rumo a esta nossa América. Ah!... e também vinham umas moças alegres, da zona portuária de Sankt Pauli, onde mais tarde os quatro rapazes de Liverpool iriam começar a zoeira com suas guitarras.

Este blog não está desesperado para ganhar audiência. Se fosse o caso, seria melhor tratar
- inclusive com merthiolate - da orelha mais famosa, de outro pintor, Van Gogh.

E se acham que este blog quer fazer uma gracinha, isso não é nada, galera: o outro Rafael deixou-nos três, três graças. E a graça da piada é brincar com a tridimensionalidade, na tela plana. Graça é mais que beleza. E com aura, então? Fruição perfeita.



Um comentário:

Rafael Cordeiro disse...

Muito pitoresco o texto. E a orelha de fato?