quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ACREDITE NA SINALIZAÇÃO E NÃO DANIFIQUE AS PLACAS

Há muitas placas engraçadas e malucas por aí. E há blogs e sites só para esse gênero midiático. Aqui vão nossos saldos de balanço: placas que este blog publica, sem querer corrigir nada. Se achar ridículo, então ria! (Mas não sorria só pra ser filmado no loja, ê!)

Um gancho, um fio na meada. Por exemplo, esse bicho aí, o porco do mato, que tem a capacidade de ajuntar filosofia e cerrado. Vivia em manadas por este cerradão, até que o Seru inventou de corrigir a acidez do areião e vieram os Cats e os Komatsus com o correntão. E depois a soja, a cana e a soja e mais soja.
A UDR, criada em 1985 para criar caso com os ambientalistas e os sem-terra, adotou um lema da filosofia agroboy: “Cateto fora da manada é comida de onça”. Essa mensagem, colada no parabrisas das pickups com jetskis, visava convencer o latifundiário a se enturmar em um tipo de sindicato patronal conservador. Assim, o tal se via como cateto, aliás, um bicho do mato. E restava para a defesa da vida selvagem e da socialização da terra o nobre símbolo da onça braba, que é também a tradução do nome do célebre e coerente cacique Raoni.
Vai daí que essa placa, fincada na cabeceira do córrego São Pedro, em Uberlândia,  está errada e não está errada, ou seja, quem escreveu o aviso entrou numas de Chavez, “sem querer querendo”.  Pois, de uma maneira ou de outra, nós já matamos os outros catetos e espantamos as onças.
Zoo no Parque do Sabiá, Uberlândia, cuja direção merece nosso aplauso:
neste Natal de 2011, os bichos presos ganharam um presentão, ao ficarem livres dos visitantes humanos e chatos.
E QUE FIQUE CLARO: NÃO ALIMENTE OS ANIMAIS E NEM AUMENTE O SOFRIMENTO DELES!

Do lati para o lotefúndio. Mesmo quem tem um lote vago faz logo uma cerca e escreve “propriedade particular”, conforme Rousseau e a torcida do Mengão já observaram. E aquele quarteirão cercado de muro e enfeitado de lixo ali na Praia de Tambaú? Em João Pessoa, Paraíba. A lenda urbana (“Dizem que a área é do Gugu e nunca pagou imposto”) faz lembrar o disco do grupo Mundo Livre: “o samba não é do Faustão, não é do Gugu não é do Gugu não é do Gugu...”. Vai daí que o portão ficou com uma folha fechada, com duas advertências truncadas, e uma folha aberta à polissemia aqui explorada: a pobre jumenta que puxa a carroça do papeleiro virou o objeto de desejo e de inveja. Todo valor é relativo, mas a pobre criatura de Deus ainda prefere ser vista como bem de uso e não de troca. E nem de troça, certamente. Pois o jegue é nosso irmão, lembrou Gonzaga.
(A foto foi mexida no paintbrush, mas não inventada: só pra tirar um carro que o-fuscava o bichinho)

Querem me ver na fogueira, oxente? Seguindo pelo nordeste, eis uma marca interessante para um restaurante, um apelo direto, que dá fome e sede. Mas que tal dormir “na brasa”? Bode é esperto e anda também de manada pelas estradas. Voltam sozinhos para casa e sabem cruzar a pista. Tão bonitinhos e tão... apetitosos assados, com as devidas desculpas nossas, devido às inóspitas condições do agreste e outras veleidades humanas. “Que braseiro, que fornalha!”

Lada usado sem pagar IPVA pode servir de chiqueirinho também.

Passagem de macho. E agora um bar ali perto do campus da UFPB, o “Passagem Bar”, cujo fundador não foi o Walter Benjamin. Ali assam bode e outros bichos, mas é um bar porreta, só de cabra macho. Olha aí. Só tem banheiro pra eles e o depósito de carvão. (Nada disso, ô mineiro! Rudêia, rudêia..)
Lá em Catulé do Rocha não tem disso não!
(só moita de mumbufo...)

Os dois ou mais Brasis. Alguns gringos passam uma década aqui e não nos entendem. Para quem quiser vir aqui de professor visitante, o CNPq ou a Fapemig deviam aplicar uma prova básica. Por exemplo: quem não entende o jogo do bicho, com todas as suas conexões, não entende os dois ou três Brasis. Pareceria redundante a um alemão a placa no “trailer móvel”? Coloquem na lista de exemplos da lógica, ao lado de “married bachelor”. Explicando: a prefeitura e o DNIT só autorizam a instalação de um quiosque móvel para vender lanches. Aí o pequeno empresário faz certinho e tira a licença e vem com a carreta a reboque, pneuzinho novo. Tempos depois, deixa o trailer passar uma noite ou duas. E explica ao fiscal que o pneu furou. Depois, o fiscal nem vem mais e o esperto empreendedor tira as rodas, que é pra cachorro não mijar e molequenão roubar. No lugar, ergue uma paredinha de tijolão. E, depois, para maior conforto dos clientes, puxa a famosa varandinha. E aí é só cantar com aquele paraense: “... e eu fui que fui... ficando”.
Mas não me venham com aquele papo de "jeitinho brasileiro", não sinhô!
(Quem morou na Zoropa sabe que aquilo é cheio de mutreta, pois é uma Zona, a Zona do Euro.)

Alegres trópicos (para quem tem bom humor, ou seja, inclua Levi-Strauss e Saint-Hillaire fora dessa). E os tropeços da linguagem são apenas, quase sempre, um problema do receptor. Os lugareños nem notam. Outros, sabendo que turista curte placa engraçada, parecem escrever de propósito, coisas como “Melância e cocó gelado”. Não tem base e eles não acham graça,  pois nem precisariam de placa. Se um cara está ao lado de uma gaiola de frangos erados, parece-lhes óbvio que o dito cujo não vai doá-los e nem os trouxe para que vejam o movimento da BR. Enfim, estão certos os nossos patrícios muito antes da pragmática toda. E aqui vem a forçação de barra: quem haveria de fazer uma foto dessas, com o nome do Hotel Trópico para insinuar que a ambigüidade de “(eu) tropico” é uma variante de “(eu) tropeço” nesse degrau da portaria? Claro que o coco valendo pela letra “o” é um must do estereótipo de nuestros trópicos para gringo ver. E o canudo valendo por acento? Coisa à toa e não há que se explicar a piada, nem mesmo para gringo. Se virem.
Watch your step, baby!

BLASFÊMIA TOTAL. Será que a rica prefeitura do rico estado de São Paulo não tem grana para mandar fazer placas de rua? Onde estão enfiando o dinheiro extorquido nos pedágios e impostos? É um absurdo ver o que fazem os políticos e administradores de hoje com o patrimônio cultural da velha Ubatuba! (Um absurdo, não, Datena? ) Qualquer um de nós pagaria ao prefeito para ostentar apenas o nome da Praça, sem fazer propaganda de nada. Como podem associar uma borracharia ao sagrado símbolo que deu nome a este país? Cabe uma multa e uma missa de desagravo com coral barroco e órgão de 512 tubos. Laos Deo semper!


Não vai longe, meu filho! Pois nada de enrolar o rabo e sentar em cima! Olha aí, bem na nossa jurisdição,  aliás no quintal da capital do Sertão da Farinha Podre, ou seja, no Bairro Fundinho, de Uberlândia. Pois aqui é sujo rindo do mal lavado. Este aviso impresso em folha A4 quis poupar o rico dinheirinho de um cartório, essa mina de tomar dinheiro de noivo e pai babão. E economizaram papel e seta e espaço. Faz sentido, pois afinal esse negócio é meio absurdo mesmo, coisa de quem não pensa e jura per omnia saecula saeculorum. Sempre é muito.
Sala multi-uso em um bairro antigo de Uberlândia:
casar? Só nos fundos do cartório do Fundinho

Um passatempo para as férias: ler cardápios. Podem apostar que o setor de uísques será o vice-campeao, pois o campeão hors concurs é aquele vinho alemão, o Liebefral..., ou seja, aquele da garrafa azul. Mas, como diria o líder dos Gremlins, essa mania de rir de placas “é engraçada, mas não é civilizada”, pois tomem (com duas pedras de gelo) este exemplo como exemplo: aquela bebida alcoólica escocesa, destilada e cara pode ser chamada de Whisky ou whiskey (desde 1715), mas muito antes era uisce ou uisge, a depender daquelas línguas de bárbaros. E em português? Segundo o Antonio Houaiss, é uísque, mas vai que... ele tava tonto no dia em que registrou o verbete! Peça logo um escocês (ou uma Ferreira, de Januária, compadre.)

Foto de celular de origem conhecida: copiráite de meu cacique Raoni

Regência verbal pode causar acidente radioativo! Sem maiores comentários e em foto inteira, para mostrar que não é montagem.
Em um grande hospital de Uberlândia

Semiótica? Difícil de definir, mas eis um evento pertinente ao repertório: em Maceió, para economizar um parafuso, corre-se o risco de criar ambiguidade por uma simples sobreposição física de sinais... (ou seriam signos?) e aí, mermão, você pode ser atropelado por uma "carroça" bem na terrinha de Collor...


Propaganda sub-liminar: o editor deste longo post já está parando...

Sombra e água fresca. Em tempos de férias - para alguns, pois alguém tem que cuidar do loja - vamos encerrar este longo post com uma bela mensagem, ao gosto das Festas de fim de ano, mas sem apelar para cachorrinho vítima de crueldade. Lembram-se do poema de Olavo Bilac sobre as velhas árvores? "Tanto mais belas quanto mais antigas!" Sem problema, se não estiver lembrando ou se nunca leu; tá tudo no google... E tudo, agora, inclui nossa lista de placas comentadas. Promessa de fim de ano: não voltaremos tão cedo com essa onda de novo. Folk-lore urbano, mano véio.

Essa tá certinha e no lugar certo!

(com a aprovação de pássaros e sagüis)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O FILÓSOFO DA MUDANÇA E DOS FRETES

 CIA. PANTA REI - MUDANÇAS E FRETES

Conforme já dizia Galileu da Galiléia e, muito antes, Heráclito: tudo muda. Em grego, parece que isso soa algo como “panta rei”. Sim, ele pinta aqui de relance, pois temos que corrigir seu lema: tudo muda, mas pobre só muda de noite. O filósofo da mudança que decerto não sabia que a crise na Grécia futura viria a ser mais feia que mudança de pobre. Sabemos o quanto vamos nos enrolar nesse assunto, pois quem não fala das coisas fixas e essenciais acaba mais perdido que cachorro que caiu do caminhão de mudança. E podem apostar que a cristaleira vai chegar ao destino com o espelho quebrado, o que dificulta sobremaneira a reflexão. E tem rês que esguarita na capoeira, pra nunca mais; vira aquelas brabezas do Jalapão.

AUTO-REFLEXÃO, ou seja, pensamentos motorizados
Em tempos de auto-ajuda, caberia recuperar a simpática expressão “auto-escola”. Por dois motivos, o que não é pouco: o primeiro e o segundo. Para que não reforcemos o costume da moçada que foge da escola. E para evitar o pretensioso modismo CFC, Centro de Formação de Condutores  - expressão horrorosa do jargão burocrático, que até parece destruir a camada de ozônio.  Longe de ser um discurso de formatura, este post presta homenagem aos precursores, do tempo do platinado  e da gasolina azul. Como diria Lichtenberg: aí tem coisa. Desse mato sai coelho.
Fusca azu-prefeitura GYN - e não adianta tunar


Padre Choux veio de França pra Goiás por volta de 1975. Era botânico e pesquisava liquens. Botava os alunos da UCG pra arrancar e separar aquelas inúteis barbas de pau. Trouxe duas Solex, aquela maravilha da indústria e do design maluco. Uma bicicleta com motorzinho na roda dianteira! Quem viu o filme Meu tio, do Jacques Tati, sabe o quanto essa máquina singela compõe. (Há que se explicar mil vezes aos lesados atendentes de vídeo-locadora que esse “meu tio” não matou um cara...Ça vas!) João e Pedro perguntaram ao Padre Xu pelo motivo de trazer duas Solex igualitas. O barbicha, reencarnação do ranzinza Saint Hilaire, disse que era para tirar peça de uma motoca para consertar a outra. Ou da outra para consertar uma. Mas, e se quebrasse duas vezes?
que depois carregou muito sarrafo de mogno pro Hermê
Já o H. Trimegisto garantia ao comprador do seu fusca azul-prefeitura, trinta  anos: “Já troquei quase tudo nele, mas só troquei uma vez.” ( Ah... Será que valia para o óleo também?)
e nele aprendeu pilotar a mana rumo à la "Essêba"
Filosofia prontinha do Djêison, que veio da Síria: “Aquele carrão quadrado da Alfa Romeu é assim: na subida, não tem motor, na descida não tem freio e parado não tem preço.” Esse pescador de exigentes piaus que só comem mortadela de marca voltou a despertar o interesse de um estudioso da literatura mineira do João Rosa, da comitiva do Manuelzão. Onde foi que o mecânico aprendeu a dizer “qualquer paixão me diverte”? Mistério, mistério. Será que é neto do Augusto Matraga? Tem cabimento, tem cabimento. De peixão pra paixão é um pulo. E um pingo e um risco, pra mim é Zé Francisco.
hasta que un hijo de puta roubou o herbie e...
O farmacêutico que virou mecânico e se deu bem conquistou o respeito quando explicou as peripécias daquele motorzinho do Gol 97. Duvida? Confira na net. Pois o motor sem cavalaria alguma é mesmo o que movia o Gordini nos anos cinqüenta... A Renault cedeu o quatro cilindros à Ford argentina que o instalou em Volkswagens, que vinham para o Brasil em nome de uma parceria malandra: Autolatina. Foi um golpe para driblar o plano cruzado do Sarney. Prestem atenção naquele golzinho geração um subindo a ladeira. Parece máquina de costura tocada a pedal.
vazou na braquiária. Mas há de haver purgatório!
E agora a Nissan anuncia um carrinho chamado March, com o apelo “agora você poderá ter seu primeiro carro japonês!” Só falam de design e equipamentos, mas não contam que o motor é Renault. Um japonês essencialmente francês. Esperamos não reencontrar o Gordini por aí, na briga dos carros de mil cilindradas.
Eis, de fato, algo que podemos aprender com os mecânicos: o que é essencial? Não se trata de definir essência ou existência, mas tratar do que está escondido debaixo do capô (ou capuz – ah! O capô do fusca... faz sentido, muito sentido...) Os compradores novatos  só querem “ver as aparências” e curtem o fetiche do momento: eletrônica, câmeras, comandos de voz, Bluetooth. Ok. Mas o que dizer do motor? O que é que move a Amarok? Difícil descobrir. E a indústria, que sabe dessa psicologia da massa, contrata a propaganda-enganosa para estimular as vendas e criar novas necessidades. E  se um carro for feio, muito feio, pode apostar que vão dizer: é uma nova categoria, o carro-design...
 
Decepcionados? Não com os carros, mas com este texto. Cadê  a filosofia do cerrado? Ora, não podemos retomar as dúvidas do Heráclito. Já sabemos do que é feito o mundo e até de que garrafas é feito o painel de plástico reciclado no carro novo. Nossas preocupações são outras, mas o tema da mudança permanece a nos incomodar. O que passa? O que fica? E só ao Cascão interessa aquela anedota que reza “não podemos tomar banho duas vezes no mesmo rio”. No caso do Tietê, é morte certa. Um banho e... um abraço. Caixa-prego.

Pode não parecer, mas é assim que surge uma conversa sobre mudanças. E não se trata de mudar de assunto, mas as enganações na era do capitalismo pós-industrial começam por isso: quem disse que é pós? Mudou de fato a ideologia da indústria da ideologia? Não mudou tanto, pois queremos ser enganados e pagamos por isso. 


Nada mais banal que dizer que o mundo está mudando.

Mais vale dizer que a cor faz diferença aqui e ali.
Make up não te deixa dançar em dias de Dancing Days.

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E AÍ VEM A TIRA







terça-feira, 13 de dezembro de 2011

LOGO, SÓCRATES É IMORTAL

Nosso blog não dormiu no ponto. Queríamos fazer nossa homenagem a nosso Sócrates. E aqui vai, sempre em tempo. E se é para guardar os bons momentos, eis uma síntese: a camisa da seleçao, o sorriso e o estilo ripongo, que lembra outro magrão querido, o Gonzaguinha.


Nosso departamento de arquivo não conseguiu encontrar uma certa carteirinha de um ex-jogador do Botafogo de Ribeirão Preto. Esse não seguiu carreira nem de jogador, nem de médico e nem mesmo de padre. Pois era no campo dos padres, no colégio do Bairro Sumaré, que o time de Sócrates treinava.

O Filósofo do Cerrado não quer contar vantagem e promete substituir
essa imitação mambembe, se um dia achar o carteirinha original, de que se orgulha.

Doutor Sócrates era magrão e desengonçado, mas inventou uma trivela de calcanhar. E implantou a democracia no maior time do país, em época de milicos no mando e no desmando. Por isso, nosso respeito a quem soube brilhar nos campos e driblar os generais, que só vieram para pisar na bola.


(copiado de um caderno especial da Folha de São Paulo, em homenagem a Sócrates)
E vejam que Sócrates estava mesmo em Ribeirão Preto em 1973, nos bons tempos do Instituto Educacional Otoniel Mota. Ali, um aristocrático professor de filosofia nos encantava sem giz e sem livro; só proseando sobre frases que trazia. E a turma viajava na análise de coisas do tipo: "Imagine um absurdo, o pior deles. Sempre haverá alguém capaz de praticá-lo." Claro que esquecer o Doutor Magrão seria nonsense. E é bom falarmos dele sadio e risonho.

Mas, só pra fazer um meio de campo aqui com a filosofia que ajuda a fazer a moldura deste nosso quadro, vamos brincar com o silogismo mais famoso de nossas aulinhas de lógica.

Silogismo 1, feito de calcanhar:


"Alguns gregos inventaram a democracia.
Sócrates era um grego (e teimoso).
Logo logo Sócrates foi condenado a beber veneno."

Silogismo 2, feito de trivela e com rebote:


"Os Sócrates famosos (e é claro que são mortais também) são ou filósofo grego ou bom de bola.
Nosso Dr. Sócrates (que era paraense) implantou a democracia corintiana e fez gol de letra.
Logo, democracia de verdade só presta sem pena de morte.
E... logo 2: o sucesso não impede a rasteira da cirrose, essa invejosa."

E por falar em dente de leite, vamos baixar a bola, que tem criança na quadra.

Foi promessa de campanha deste blog: filosofia infantil ou - sabe-se lá - criancice filosófica. Pergunta de uma criança de seis anos, ou seja, de um diretor de cinema em Hollywood, segundo Goddard ou Truffaut:


Tio, porque será que...? No café da manhã, o açúcar nos dá bom dia com frases de entusiasmo, mas o sal não tem nada a nos dizer.

Porque será?

E com isso o mundo vai se enchendo de lixo...
(embrulham até um reles palito de dentes!)
 Pior. Essa frase específica, muito boa quando estamos de férias, vai contra nossa segundo esporte predileto: fazer perguntas e criar problemas.


Filósofo tá na área pra inventar problemas,
mas alguns são falsos problemas e duram menos
que uma bolha de sabão.

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SESSÃO LA PRENSA

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

AJUDEM O GRAN PATRIARCA A FINANCIAR SEU VINHEDO


Charge fresquinha para idéia mais velha que rascunho de Bíblia

Não estamos aqui para explicar a piada, mas... ri mais quem leu o Big Book e não fugiu do catecismo, pois Noé teve três filhos: Cam, Jafé e... Sem. (Ah! bão...) Daí que os semitas, meu caro batrício, não berdem quando negociam o breço. De repente, eles aceitam umas parreiras como parte do pagamento. 

Esse desenho não quer exatamente criar um clima de Natal, até porque Noé está longe, no inicio da história, aliás no re-início. O Criador arrependeu-se logo e fez um logoff. Onde é que estava com a cabeça ao instalar no paraíso um animal chamado Seru. Mano, o Poderoso quis dar-nos uma chance e clicou em reinicializar, tá ligado? De J.C., Noé está bem longe na genealogia. Da moral da história sagrada fica isto: no Cerrado das cachaças, a galera só costuma beber vinho no Natal. Barato e doce, em geral, que nem vinho de padre.  E padre quando bebe muito canta em italiano. Este "fio dos padre" também: 

"Eviva Noé, il gran patriarca
salvatto nell' arca
sapete perché?
Perché fu l'auttore 
de un gratto licore
che allegre ci fa..."


(Sim, pois além de criar rãs e peixes - que ficaram nadando quarenta dias e quarenta noites - nosso old good friend também inventou o vinho, que na região de Januária
empoeira na prateleira, ao lado das melhors Salinas.)

Mas cuidado pra não gastar demais!
 Olha aí a tentação na era dos cartões:


Eis o perigo, com apenas um acento agudo e um sinal de igual:


Dever junto é um baita problema, embora seja bom beber junto, con-fraternizar com ou sem peru com apito. E a gente bebe uma também pra comemorar o fim das dívidas. Salud y forza nel canud! (Se for dirigir, já sabe...)


Bem, em breve, um pouco de criancice filosófica fica bem.

Mas não estamos hoje muito pra filosofia e ainda queremos mostrar uma invenção. Poemas se fazem também com silêncios.

Filósofo do cerrado já inventou alguma coisa? 
Sim, mas não está no Lattes...

Por exemplo, uma "releitura" do desenho dos bonecos no Pasquim, que servem como "observatório da imprensa", pra comentar manchetes. Certa vez, estando no comando de greve em Brasília, ocorreu-lhe que poderia telefonar para Rubens, o jornalista do sindicato, e ditar as falas nos balõezinhos... Simples e fixo.  A Telecharge! Mais rápida que redesenhar no paint e enviar por email de uma lanhouse. No orelhão, a cobrar e... rapidinho.

Vamos retomar o gênero, animando um pouco este blog em ritmo de fim de ano. E, de novo, os créditos ao grande Pasquim e nossos heróis da caneta em tempos bicudos: Ziraldo, Nani, Jaguar, Redi, Henfil...




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O CERRADO NO SENADO - APELO AO TRIO MINEIRO

ESTÁ NO SENADO AGORA
E EM NOSSAS MÃOS SEMPRE
O FUTURO DO CERRADO,

DO MANGUE,  BREJO, DOS CAMPOS GERAIS,
DAS VÁRZEAS, VEREDAS E DEMAIS BIOMAS
DE MINAS E DO BRASIL E DESSE MUNDÃO DE MEU DEUS
ONDE VIVEM PLANTAS E BICHOS – INCLUSIVE NÓS,
ANIMAIS HUMANOS QUE PLANTAM E CRIAM,
COMEM E BEBEM E RESPIRAM E...
VOTAM NOS SENADORES DE MINAS GERAIS:
Alô, Aécio Neves!
Alô, Clésio Andrade!
Alô, Zezé Perrella!
Esse é nosso trio de Senadores Mineiros.
Deles esperamos consciência e compromisso com a vida.
Mas como esse lance de “alô, mamãe” é da era do rádio,
podemos seguir a onda e mandar email para eles.

Aplausos desde já. Mas podemos, sim, mandar um alô para a bancada celeste - o Xará Itamar Franco, o Vovô Tancredo e o colega Chico Mendes: fiquem de olho nesse trio de senadores e mandem chuva para o cerrado. (E não deixem que o Anastasia traga para Minas os pedágios paulistas. Obrigado. Valeu.)

 Bravo! Bravo!
Não precisamos “desbravar” todo o país: algumas grandes áreas devem permanecer bravas, bravias, selvagens (selvas intactas ou, eventualmente, como reservas indígenas e naturais).
A área de produção não precisa ser ampliada. Importante é barrar a transformação de alimentos em comida de bicho e até combustível. Esse desvio é um desperdício e consome 44% do alimento produzido no mundo. O mundo já tem 7 bilhões de habitantes e não pode crescer mais. (Camisinha aí, ô galera!)
A redefinição de políticas demográficas e de segurança alimentar demanda alguma fundamentação filosófica. Mas não vamos fugir pela tangente com perguntas evasivas do tipo “o que é a natureza?” E não nos basta denunciar a conversa fiada que se aproveita de termos enganosos como “sustentabilidade”.
Mais viável é combatermos a sanha capitalista que pode destruir o mundo, enquanto isso der dinheiro. E depois os empreendedores prometem recuperar o mundo, com novas tecnologias de queimar lixo, por exemplo, se... isso der lucro a alguns.
Sim, chamem o filósofo. Temos muitos por aí. Há tarefas mais simples aqui, como prestar atenção na diferença entre direitos e deveres. Básico, pois está em nossa Constituição de 1988: temos o dever de preservar e recuperar o meio ambiente (e não exatamente o direito ilimitado de explorar os recursos naturais, que são um bem de todos e pode ser simplesmente preservado e admirado).
A mãe natureza não está aí à disposição do pai capital. Ela já se cansou de ser explorada desde as eras míticas de Géia e Urano. Mais respeito agora.
Além disso, não podemos aceitar o maniqueísmo de certa parte da opinião pública que ou ignora o assunto Código Florestal ou reduz tudo à disputa entre dois blocos: ambientalistas e ruralistas, para os quais destinam adjetivos que avacalham com o diálogo.
O cidadão comum deve se interessar por esse assunto vital, embora esteja fora desses dois grupos, pois é maioria e é o consumidor dos produtos da agricultura, área com grande capacidade de pressão. O consumidor pode boicotar produtos. O cidadão pode defender, como se faz aqui, seu direito de opinar e de convencer os parlamentares. Não somos especialistas, nem investidores, mas devemos ser ouvidos, pois queremos respirar ar puro e fresco – pelo nariz, como disse Caetano.
E não queremos que derrubem mais florestas em nome do desenvolvimento ou do progresso. Aliás, filósofo pode ajudar a criticar esses conceitos ambivalentes e relativos, pois como disse Adoniran Barbosa, antes de cantar a saudosa maloca: “É o progresso: o pão cai e cai com a manteiga pra baixo.”
Não vamos deixar cair. Talvez sustentabilidade seja isso: segurar o mato em pé (e assim termos onde nos segurar).

Um belo angico isolado em um pasto, às margens de uma rodovia goiana,
próxima a BR 153, no trevo de Pontalina - foto de setembro 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

LIVROS FORA DE LUGAR E PIADAS FORA DE HORA

Onde colocar um livro com o título Parerga e paralipomena? E que tal este: Os arcanos do inteiramente outro... A chance de errar é grande e é melhor não chutar. Olha na ficha catalográfica.


Qual é o tema? Idéias fora do lugar, inspiradas por livros fora do lugar.Ou seja,
O CONFLITO DAS FACULDADES
que, na verdade, denunciam
O CONFLITO DAS (MINHAS) FACULDADES MENTAIS

Antes, porém, vamos às obras que se tornaram famosas também por serem deixadas em estantes erradas.
Essa obra sobre nossa história não deveria ficar
ao lado de tratados da mandioca e da cenoura

Essa obra não veio de nenhuma betoneira e
só ajuda o engenheiro na construção de um certo socialismo...

E as coisas pioram na biblioteca quando, enrubescido, o estagiário pensa que vai levar uma bronca. Esses livros deveriam estar na gaveta da diretora!
Depois do grande sucesso do volume 1, aprenda como
se enroscar na queda de braço e no corpo a corpo da política

E outro filósofo também trouxe sua contribuição, sem a malícia dos trópicos, onde surgiram também a guerrilha e a republiqueta de bananas. Engajar-se é tomar posição. Ou não?


 
O artista da capa merece elogios. Vejam como ele situou as palavras e
decerto também as coisas: uma de pé e outra deitada

Um filósofo francês disse recentemente que o filósofo é um sujeito que quebra a cara. Tem razão. Foi o Deleuze ou o Derrida, um deles. E isso se refere a tantos de nós, sem dúvida. Aqui começa a fazer água nosso projeto de criar uma seção para livros fora do lugar. Nós é que ficamos sem lugar. Vejam isso:


Sim, é a capa de um livro.


Aliás, de um inocente livro sobre contação de histórias, lendas  e parlendas infantis...

Que vergonha para o jovem estagiário!
Que mico pagam todos os que maliciam!

De volta a Deleuze. Quem quiser um ótimo guia para entrar na catedral kantiana, pode contar com esse francês nosso contemporâneo. Ele entendeu a arquitetura do alemão e nos deixou esse precioso livro, cujo subtítulo é "a doutrina das faculdades". Desde entonces, pensava que "o conflito das faculdades" do próprio Kant tinha tratado das mesmas forças: imaginação, entendimento e razão em geral. Ledo engano o nosso. Vejam no que deu. São dois sentidos de "faculdade" bem conhecidos em nossa linguagem corrente. Mas os equívocos também são parte do esforço de compreensão. Admitam.

Enfim, para dar razão a Freud e Cia., o título de Kant indica aquilo que você não queria admitir: o conflito referido por ele é mesmo uma briga entre a faculdade de teologia e a faculdade de filosofia. Não brinca! Já vimos isso em alguns campi por aqui: em São Paulo houve um pega pra capar entre estudantes de duas faculdades de direito, não foi isso? Sem falar do entrevero ocorrido bem aqui no cerradão entre uns e outros. Deixa pra lá.
 

Não foi aquele entrevero entre alunos da Pi-delta-kappa com a...?
 

Aqui está um artigo para quem quiser um resumo comentado do livro de Kant. Uma informação histórica preciosa sobre origens da prepotência de certas áreas do saber - aquelas que sabem arrancar dinheiro do rei e dos súditos em apuros.
Artigo do Hermas g. Aranha, na coletânea da editora Liber Livro, Brasília, 2011
Kant também penou com o puxa-saquismo do rei, que favorecia a medicina, o direito e a teologia. Sim, o pastor era um funcionário público... Já o filósofo, desde pelo menos uns 300 fica pra escanteio e tem que lutar por seu lugar no campus e nas editoras.
Enfim, alguns reis gostariam de fazer com os filósofos aquilo que o bibliotecário maluco fez com nossos livros: expatriá-los. Ainda bem que algumas rainhas nos quiseram como preceptores e sabe-se lá o que mais, nas alcovas reais. Descartes que o diga, pois não era bobo, nem nada e só se levantava depois do meio dia. 

sábado, 5 de novembro de 2011

ENTRE DESCARTES E NIETZSCHE

NOBODY CARES. O filósofo do cerrado descobriu a fórmula “twenty times” que explica parte da estratégia norte-americana de dominação, ao ritmo da velha política do big stick, ou seja, na base do porrete. Mas ninguém liga e o mundo velho sem porteiras segue no mesmo trote morro abaixo.

Por isso, é hora de falar de amenidades. Aliás, um pouco de auto-ajuda não faz mal a ninguém – a não ser a mim mesmo, diria o roqueiro.

É uma espécie de tartaruga.
Same thing.

FILOSOFIAS DA VIDA. De volta à vida. Quanto tempo queremos viver? É bom viver muito? Aqui está uma tabela para animar os calouros da filosofia. Não se trata de medir QI e nem saber se você joga xadrez ou sabe falar de vinhos. O importante é viver muito. E aqui cada um pode se situar em relação aos filósofos que já partiram desta. O número à esquerda indica o quanto a figura viveu. A cada ano – se Deus lhe der vida e saúde – movimente uma casa para diante.

Km 55. O filósofo do cerrado, que nao inventou algo tão importante quanto o teste Voight-Kampff, está em 2011 entre Descartes e Nietzsche. Boa companhia, não?

Faça sua própria classificação. Veja como está seu ranking. Não custa nada. E não é  o tipo de mensagem que precise passar adiante. Importante é manter-se vivo e tentar chegar aos 103 anos. Para isso, não precisa ser arquiteto de JK, mas sem dúvida a combinação de verdad y método pode ajudar cada um.



29 NOVALISGeorg Philipp Friedrich von Hardenberg (1772 - 1801)
38 LURIA, Isaac  (1534 - 1572)
40 LASK, Emil [1875-1915]
42 KIERKEGAARD, Søren Aabye - (18131855)
46 BAUDELAIRE, Charles. [1821- 1867]
48 BENJAMIN, Walter [1892-1940)
49 AUSTIN - (Lancaster, 1911 - Oxford,  1960)
52 FICHTE, Johann Gottlieb [1762-1814]
53 MERLEAU-PONTY, MAURICE (1908 - 1961)
54 DESCARTES, René (1596 - 1650)

è 55 FILÓSOFO DO CERRADO (so far so good…)

56 NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm (1844 – 1900)
56 SAUSSURE, Ferdinand de: (1857 - 1913)
56 WEBER, Max [1864-1920]
56 ALIGHIERI, Dante: (Florença, 1265Ravena, 1321)
58 FOUCAULT, Paul Michel (1926. – 1984)
58 MAQUIAVEL, Nicolau [Niccolò Machiavelli] (1469 – 1527)
59 HERDER, Johann Gottfried von (1744 - 1803)
59 DURKHEIM, Emile. [1858-1917]
60 SIMMEL, Georg (1858-1918)
61 HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich [1770 – 1831]
62 WITTGENSTEIN, Ludwig Joseph Johann - (18891951)
62 ARISTOTELES (Estagira, na Calcídica 384 a.C. - 322 a.C.)
63 ADORNO, Theodor (1903 – 1969)
63 HESS, Moses (1812-1875):
63 MANDEVILLE, Bernard de (1670 – 1733)
65 BARTHES, Roland (19151980)
65 BATAILLE, Georges (1897 – 1962)
65 SAINT-SIMON, Conde de, ou Claude-Henri de Rourroy - (17601825)
66 KOJÈVE, ALEXANDRE (1902 - 1968)
68 HUMBOLDT, Friedrich Wilhelm Christian Karl Ferdinand (1767- 1835)
68 MEAD, George Herbert [1863-1931]
69 MAIMÔNIDES, Moisés: (1135-1204)
70 SÓCRATES (Fulano de tal, ...)
70 BRETON, Andre – (1896 – 1966)
70 LEIBNIZ, Gottfried (1646 - 1716)
71 LUHMANN, Niklas (19271998)
72 BOURDIEU, Pierre: (19302002)
72 SCHOPENHAUER, Arthur (1788 – 1860)
73 BAUER, Bruno (1809-1882)
73 HOLDERLIN – Johann Christian Friedrich (1770 – 1843)
73 KOSELLECK, Reinhardt [1923 – 2006]
74 DERRIDA, Jacques (19302004)
74 KUHN, Thomas Samuel: (19221996)
74 LYOTARD, Jean Francois: (1924 —1998)
75 CASTORIADIS, Cornelius (1922 - 1997)
75 PEIRCE, Charles Sanders (1839 - 1914)
75 SARTRE, Jean-Paul Charles Azmard (19051980)
75 SOREL, Georges Eugène - (18471922)
75 KORSCH, Karl. [1886-1961]
75 ENGELS, Friedrich - (1820 - 1895)
75 MARX, Karl [1818, 1883)
76 JUNG, Carl Gustav (1875 -1961)
76 RORTY, Richard: (1931 - 2007)
76 VICO, Giambattista (1668 - 1744)
77 FREGE, Friedrich Ludwig Gottlob: (1848 - 1925)
77 PARSONS, Talcott Edgar Frederick (1902 - 1979)
78 BACHELARD, Gaston (1884 - 1962)
78 DILTHEY, Wilhelm (18331911)
78 HORKHEIMER, Max (1895 – 1973)
78 RUGE, Arnold (1802-1880):
79 HUSSERL Edmund Gustav Albrecht  (18591938)
79 SCHELLING, Friedrich Wilhelm Josef. [1775-1854]
80 PLATÃO (Fulano de Tal... há muito tempo)
80 LACAN,  Jacques-Marie Émile (1901 - 1981)
80 KANT, Immanuel - (17241804)
82 FREYER, Hans (1887 - 1969)
82 HAMANN, Richard Henry: (1879–1961)
82 BERGSON, Henri-Louis (Paris, 18591941
83 FREUD, SIGMUND (18561939)
84 PIAGET, Jean. (1896  -1980)
84 SWEDENBORG, Emanuel  (1688 – 1772)
85 SCHOLEM, Gerschom: (1897 – 1982)
86 DAVIDSON, Donald Herbert (1917 – 2003)
86 JAKOBSON, Roman Osipovich: (1896 - 1982)
86 JASPERS, Karl Theodor: (1883 - 1969)
87 CREUZER Georg Friedrich (1771 - 1858)
87 HEIDEGGER, Martin [1889 – 1976]
88 DUMÉZIL, GEORGES (18981986)
89 LÉVINAS, Emmanuel: (19061995)
91 HOBES, Thomas (1588 – 1679)
92 POPPER, Karl R. (19021994)
96 BLANCHOT, MAURICE (1907 -- 2003)
97 SCHMITT, Carl - (18881985)
100 LÉVI-STRAUSS, Claude (Bruxelas, 28 de novembro de 1908...)
100 e tantos GÓRGIAS DE LEONTINOS (sem registro em cartório...)
102 GADAMER, Hans Georg. [1900 – 2002]

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A tabela ainda está sendo testada. Já passamos da fase de laboratório, com ratos e homens. Aos poucos, alguns escritores serão substituídos por filósofos com pedigree, antes que alguém entre com recurso. Por razões estéticas, seria bom dispormos de uma tabela que exibisse pelo menos um filósofo para cada idade. E quem souber de um pensador, tipo James Dean, que tenha vivido rápido e morrido cedo, favor enviar comentário.
Ainda não foi lançada uma maquininha nossa
equivalente a essa do Blade Runner