quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ENSAIO SOBRE FOTOGRAFIA NEM TÃO ANTIGA ASSIM

Eis a fotografia inteira de Dindico e família. Ele, Dona Biluca, Branca e os menino-home.
Essa foto deveria ser em preto e branco, talvez até amarelada pelo tempo. Mas já era colorida, por volta de 1981. Haveria memória sem fotografia? E porque queremos envelhecer ainda mais o passado? Dindico não pode ser nem esquecido e nem lembrado de um jeito diferente do que era e foi. Nem todo mundo é filósofo e talvez não desse para reinventar a filosofia a partir de seu fim: a palavra-suspiro "é" pronunciada pelo Sr. Francisco depois do derrame. Mas o investimento na fotografia até que deu jogo. Visitar a mãe, achar a hora certa de ver fotos e vasculhar a velha lata azul de bolachas Duchen. O scanner e o resto. Só mesmo a Susan Sonntag para nos convencer da filosofia que se ensaia na fotografia. Grandes sacadas. E só bem depois foi possível saber que ela estava mais próxima da fotografia (e de uma fotógrafa). Depois da morte dela. E foto tinha desde sempre tudo a ver com morte. Morte morrida e morte matada: disparar serve pra arma de fogo e para máquina fotográfica. E Sonntag é domingo, dia em que Deus descansou e o Dindico caçava. Caçava o ser esquecido? Encontrou-o talvez no é. Tão urbana a Susan. Como veio parar nesses ermos de cerrado? E agora, quem sabe, who knows, nosso peão vai a NY ou L.A. - com seu chapéu de palha e seu lado esquecido. 
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------TRANSLATION: This picture should be in black and white, maybe a little yellou. Round 1981 there were collor pictures. Were there memories out of photographs? Why do we need to turn old stories even older. Not everybody can be a philosopher, for sure. We certainly couldn't consttruct a whole philosophy out of a single word such as "yeah". In the other hand, the talk about photography can take us further. Susan Sonntag knew quite well how images can make us think. After her death we could also confirm his thesis about the connection of portrait and death. Sonntag means sunday, a sacred day, when even God took a rest. Dindico would rather have fun on sundays, going out into the savanna to hunt, searching beasts ant the forgotten Being itself. Did he meet it? Well, Susan is an urban woman. What is she doing in these vaste wilderness? And now, taking turns, our unknown spechless peasant can certainly go as far as to NY and L.A.

Nenhum comentário: