terça-feira, 13 de agosto de 2013

NO AMOR E NA GUERRA ONLINE

O debate aconteceu, outro dia grande. Cinco horas no anfiteatro, entre argumentos acadêmicos, teses e bate-boca entre mesa e grupelhos. Novas mídias, espaço público, anarquia, democracia, etc. Numa dessas, Christian lembrou da conexão entre novas tecnologias e a velha guerra, inclusive a nova velha guerra fria, na era Obama-Putin. A internet é filha da guerra. (e eu diria mais: sua forma decadente é o fakebook, tentativa de guerrilha sem causa). Por sua vez, Sandra, na mesa, disse que diria outro coisa: a net é filha do... amor. Well, gostamos da contradição e do contraditório. Gostei do contraponto. E mais: evitamos a omissão malandra, que beira o cinismo. Como assim? Assim: o computador teve seu desenvolvimento acelerado pela necessidade de ganhar a guerra. Como no tempo de Galileu, a grande dificuldade é acertar tiros de canhão ou mísseis. Mas há outras inúmeras facilidades da indústria que são sub-produtos da guerra. Exemplos: o nylon, o teflon, comida desidratada. Facebook surgiu para facilitar a fofoca e a paquera. Deu no que deu. Do amor para a guerra. Em tempo: o patriotismo, que leva à guerra e inventa inimigos, é também um tipo de amor,à Pátria, no caso. Muito bem, Sandra. Muito bem, Christian. Muito bem, nosotros - no debate, sem fugir da raia. ***********

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