sábado, 5 de maio de 2012

Em nome de Selva, de Rios e de Terra,

VETA, DILMA!

E pedimos isso em nome de Selva, de Rios e de Terra.
Parabéns à Camila Pitanga, que quebrou o protocolo enquanto Lula colava grau. No Rio, ontem. Pitanga, com nome de árvore frutífera do mato brasileiro. Luís Inácio da Silva, que é Selva. Ele merece todos os títulos de Doutor, pois honra a causa da educação no Brasil. Ninguém fez o que ele fez, para expandir a oferta de vagas no país. Parabéns, Dr. Lula!
E agora, a Presidenta Dilma, que continua a correta política na educação, deveria assumir mais esse belo e oportuno gesto: vetar o Código Florestal. Está em suas mãos, Presidenta, essa atitude de responsabilidade com o mundo e com as gerações futuras.

Parabéns também à revista Isto é, com o “Veta, Dilma” na capa e na matéria central. A cidade deve, sim, se manifestar, pois o interesse é de todos: salvar as florestas, mangues, cerrados, praias, o ar que respiramos.
A população precisa se manifestar sobre o Código Florestal. Não podemos nos sentir acuados por parte da mídia e nem pelos negociantes, que criam uma falsa simplificação maniqueísta: ou você é um “produtor de riquezas para o país” ou é um “ambientalista urbanóide e xiita”. No entremeio, cabem os milhões de cidadãos comuns, que se alimentam, respiram e admiram as belezas naturais.

Este filósofo do cerrado, por exemplo: não é um “especialista” e nem um inimigo dos negócios da agricultura. Pelo contrário: filho de agricultor, pai de engenheiro agrônomo – e com alguma experiência em fazenda e na feira. Mas também um crítico do êxodo rural provocado pela agricultura de exportação, um crítico do desmatamento, que transformou em carvão o cerrado do Triângulo Mineiro, onde passou a infância.
E nossa preocupação com o meio ambiente não começou ontem. E muito mais antiga é nossa capacidade de admirar árvores, riachos e passarinhos.


Permitam-me um exemplo de casa, pois creio que ilustra bem a seriedade de nosso empenho nessa campanha que agora se identifica com o pedido do “Veta, Dilma!”
Em 1980, um colega de república dizia que não queria botar filhos no mundo, pois o mundo era ruim e cruel, sem futuro. Eu achava que eu poderia ser pai e também lutar para que o mundo melhorasse – que não piorasse. A mãe dos meninos e eu escolhemos nomes muito especiais que prestigiavam o sangue indígena do avô materno. O segundo nome traz os elementos da natureza. E os três irmãos são muito ligados entre si e se orgulham de seus nomes.
Em 1992, as três crianças estudavam em Porto Alegre e gostavam de passear em parques.

Terra, Selva, Rios
Em 2001, os adolescentes começavam a fazer curso superior e participar de movimentos estudantis – e curtiam acampar na praia e no cerrado mineiro.

Maíra Selva, Itamar Rios, Raoni Terra
Em 2012, formados pela Universidade Pública Brasileira (UFU), estão conscientes do desenvolvimento que o Brasil atingiu. E sabem que não podemos destruir nem as florestas e nem as vidas que estão lá, inclusive os povos da floresta com suas culturas.
Advogada, Arquiteto, Engenheiro Agrônomo
(que também vão tornar esse mundo melhor e conservar o que há de bom nele)
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A propósito, aquele colega de república também se tornou pai de família. E, na verdade, ele teve quatro filhos. E entrou na batalha para melhorar o mundo. E também deve estar apoiando a preservação do cerrado de seu Goiás – e o mato do Brasil inteiro.

Dilma, veta esse código florestal dos caloteiros! E proteja nossa florestas, nossos rios, nossa vida.
Faça isso pelo planeta, pelo país e... por seu neto também.
Eu prometi que ia lutar por um mundo melhor – para os filhos e netos, os meus e dos outros. E isso nós podemos fazer por nós e também pelos que virão um dia e merecem um lugar bonito no mundo. E devemos preservar um mundo bonito e agradável também para os filhos e netos dos desmatadores e poluidores, pois as novas gerações terão mais juízo e mais respeito.


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