quarta-feira, 18 de abril de 2012

Conceptos Fundamentales de Filosofía

Esta foto foi autorizada pela justiça e colorizada pelo paintbrush para exibição
longe do horário das refeições, pois pode causar nojo.

Para uma grande crise, de roubalheira que se alastra pelo planalto, um curto editorial. O Demóstenes original, dizem, enchia a boca de pedrinhas e ia discursar diante do mar grego, que bramia. O jovem orador era gago e tinha que superar o ruído das ondas. Espumava a boca e insistia no exercício, pois queria atingir a eficiência de Calistrato, que tanto admirava. Demóstenes, o grande orador grego. Ex-gaguinho e vítima de bullying. E eis a decadência, que desonra seu nome: o político goiano, Demóstenes, do partido dos Democratas... Enche a boca de moedas e vai falar de negócios espúrios diante do ruidoso Cachoeira. E o resto  é o efeito-cascata da ciranda de corrupção. Todos para a Papuda! Tenhamos dito. Mas, em tempo: como foi que o demo-povo recaiu no demo-capeta, no demo-niquel? Aliás, de longa data, na gíria servente dos orêia, "cascalho" é um sinônimo para grana, bufunfa, carvão - o limpo e curto ordenado. Mas dinheiro sujo, não: é graxa, Schmiergeld, besunto do cão, cocô do capeta, molhando a mão dos safados de gravata.

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CONCEPTOS FUNDAMENTALES DE FILOSOFÍA

Liberdade e Justiça

Depois do grande sucesso neste blog, que delirou sobre os conceitos de democracia e república, vai aqui uma anedota sucedida em alguma BR de Santa Catarina. O filósofo tinha sido convidado a escrever dois  verbetes para a enciclopédia: liberdade, justiça. O prazo já estava esgotando: deadline. O editor da Unisinos no pé dele, cobrando, torpedo, um inferno. Resolveu dar uma banda, rever a colônia e pensar a 110 km por hora, entre um pedágio e outro. Fome, hora de almoço e nada de idéias. De repente, um verbete só, um contraponto.
Parou em um restaurante de beira de estrada, cheio de carretas da Sadia e com acessórios da Bepo. Tem balança? Não, responde o garçon, aqui é buffet livre! Tu pode comer à vontade, daí. Nosso filósofo barriga-verde responde exaltado, cara vermelha de galego: Mas como? Isso não é justo! Eu como pouco e não compensa pra mim! Eu exijo uma balança, para pagar exatamente os 500 gramas que costumo comer!

Minutos de silêncio. O filósofo sorri, pede uma brahma e um sanduba qualquer, uma coxinha. E ainda brinca com o garçon, que não entendeu nada. Tu me ajudou barbaridade, guri!

No caminho de volta, já tinha pronta a estrutura do verbete em que explicaria as origens culturais da liberdade e sua conexão moral, com a vontade: comer à vontade é um exercício de liberdade. Claro que haveria alguma restrição, do tipo: só até encerrar o horário do almoço. Mas, a justiça... tem tudo a ver com a balança: paga o quanto vai comer, nem mais, nem menos, sem desperdício. Quem come muito paga mais. Os delicados são recompensados pela frugalidade.

Talvez os editores não aceitassem o texto, mas a argumentação era muito boa. Tão boa que poderia até desistir de participar do dicionário. Já tinha um Lattes loco de bueno. Deixava para juristas. E usaria a anedota para uma boa aula, uma palestra na ANPOF ou uma prosa no bar da PUC.

Por fim, já na estrada, torcendo para não topar com nenhum bafômetro, lembrou-se do tempo em que residira no Brasil Central. Lá, esses restaurantes não são do tipo buffet livre; chamam "self-service". E aí, como dizem os professores de MBA, o foco era outro: cada um faz seu prato. Maneiras elegantes de dizer PF. Um prato feito para mais páginas. Todavia, não era hora de confundir o plano e nem de descambar para o assunto da "autonomia" e da economia de mão de obra.

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A VOLTA DE GODOFREDO BISCOITO

COM SEU INCRÍVEL PLANO

O MELHOR DOS MUNDOS


Yes, you once, two times a lady
A análise de conjuntura pauta-se pelo enfado: até quando teremos mecânicos fanáticos pelo motor dois tempos? Essas lambretas barulhentas que soltam fumaça, aquele pneuzinho de estepe metido à besta.

Eu não posso mais ficar aqui meio off-road...

E até quanto teremos shows de cantores da jovem guarda? Os reis do ye-ye-ye já estão com mais de setenta anos e alguns nem conseguem cantar de cor um parabéns pra você! E é claro que a mini-saia já não fica bem nela há algumas décadas. Fala sério.

Godofredo Bolacha, o queridinho de Hannover!
O bisavô do bisavô do Skorpions!
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Seção Trinta Moedas inglórias

Entre na campanha a favor de uma quaresma menos teatral!

Não precisamos reviver a paixão de Cristo à moda de Mel Gibson!

Não vamos transformar Judas em um mártir,
pois seu destino não é roubar a cena.
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