Compadre Dindico, por subtração, chegou não ao nada, mas ao Ser do seu "é" - que fica, portanto, um degrau antes. Se seu infeliz AVC tivesse sido ainda mais grave, teria deixado bamba a outra perna e a metafísica teria ido para o beleléu. Não adiantaria soltar os cachorros e nem desperdiçar munição. Teria sido, então - o que, galera hip-hoper, é a tradução do "já é" em modo subjuntivo, tipo assim futuro contingente do pretérito condicional, mano.
Por falar em perdição, está fresquinha na memória ram deste blog essa pérola de opinião construída na luta, no gozo e na gozação: o homem tem que se perder em alguma coisa! Aqui, "perdição" não é a condenação, como no romance do ceguinho de feira lisboeta, o Camilo de Castelo Branco. Não, não vamos por a caçada no mato; aqui, o conselho do vendedor de música vale como princípio ao mesmo tempo ético e estético, tipo "auto-ilusão consentida". Diferença básica é que ao contrário da primeira fase de Freud, o jovem cientista calouro e meio babaca, a ilusão tem, sim, futuro e sentido. Temos que nos iludir com alguma coisa nessa vida, mas há de ser uma de cada vez. Una a la vez. Uma paixão se cura com outra. Secura? Com outra, recomeçaria tudo outra vez, como canta Gonzaguinha, criado pelo Gonzagão da sanfona, imortalizado na história da música e em museu de Caruaru, pertinho do museu da xilogravura de Cordel, onde reina o J. Borges. Aliás, por falar em ilusão, o que é um blog senão ilusão e perder... tempo - de ler e de escrever. Temos todo o tempo do mundo.
Um comentário:
e eu vou perdendo tempo de cá tambem, lendo o seu e escrevendo o meu...
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