FILOSOFIA HOJE: HÁ LUGAR OU NÃO ALUGAR?
Violas, nossas violas: prontas para repentes e desafios, pois a dupla não afina e nem desafina |
Conforme nunca prometido neste blog, eis um capítulo da História da Filosofia Ocidental e Oriental. Pois tem hora que um grande filósofo mata a charada, de um golpe só. Pow! E fala o que gostaríamos de falar sobre outro pretenso grande filósofo, numa época dada a grandiloqüências. Tipo Marx sobre Hegel - Marx on Hegel, em cima dele e revirando seu edifício redondo de ponta-cabeça. De fato, o amigo de Engels resumiu assim: A filosofia hegeliana da história é a história reestilizada da filosofia, aliás, de uma certa filosofia, a sua, a hegeliana mesma.
Assim sendo e sem a mínima chance de emplacar nowadays uma ideologia disfarçada de teologia do Estado, este blog fará isso: contar a história da filosofia a partir e em torno das peripécias de um pequeno filósofo enroscado nos cabelos de suas próprias pernas. Mas que não consegue desmafagafar as artimanhas do capeta neo-escolástico e nem plantar uma bananeira dialética.
Sorria! A filosofia não vai acabar antes da hora. |
Antes disso, o Filósofo do Cerrado, orgulha-se de ter formado dupla com o colega Humberto Guido e com o piauiense acidental Helder Buenos Aires |
Para não derrapar no culto à falta de personalidade, até porque esse é o script da enlutada Choréia do Norte, tomaremos um "viés" - expressão que aqui homenageia os pedagogos críticos dos anos 80 - pois podemos contar alguns entreveros relacionados a textos publicados nesse quarto de século, com direito a puxadas de tapete, mas não de cisco para debaixo dele.
Galopeeeeeeeeeeeiraaaaa! Existe filosofia no Brasil? Por supuesto! (assim como existe música de mariachis por acá.) |
Começa-se pelo fim: o mais recente sucesso da filosofia mundial, que pode ser lido no endereço da Revista Poros, da Faculdade Católica de Uberlândia, prestes a ganhar um P de Pontífícia. Confiram, caso queiram e tenham um tempinho a perder:
Duas ou três curiosidades sobre esse artigo: levou 21 anos para sair da gaveta e foi escrito por dois colegas, aliás, dois xarás. Coisa rara na filosofia em geral. Adorno e Horkheimer figuram juntos na capa de Dialética do Esclarecimento. Marx e Engels sempre trabalharam juntos. Quem mais? Povinho mais lonely rider esse nosso, siô. Vamos ao arrepio, against the current.
Não confundir o parceiro com esse inspirado heideggeriano de olho na poesia. |
Tem gente que não gosta de um título em forma de trocadilho. Mas a coisa pode ficar chique se sugerir um palíndromo, no vai e vem: O lugar da filosofia e a filosofia do lugar.
Certa vez um sujeito com voz de taquara rachada quis tirar um sarro, quis desqualificar um título assim. Bateu e levou: que tal esse, de Jean Pierre Labarriére e Gwendoline Jarzig, aqui citado de memória? "O conceito de trabalho e o trabalho do conceito". Engoliu em seco e saiu de fininho, pois conhecia também esses hegelianos da moda no início dos noventa.
Mas será um dos Beneditos? Não, nenhum dos Nunes acima. Esse aqui é o que tocou a noite inteira, sem parar. |
Então é isso: Qual é o lugar da filosofia hoje, em nosso sistema de conversas e teorias, ou seja, quando o filósofo fica sem lugar? & o que dizer da filosofia do lugar, de nosso lugar, nosso meio e nosso momento? E será que esta não poderia ajudar aquela? Essas coisas.
E foi por causa do grande Tim Maia que soubemos do Bené Nunes, convidado a tocar no casamento da Juliana, filha do Coroné Antônio Bento... |
De início, foi tentada uma outra parceria, que não vingou. O candidato a parceiro entrou numas de hierarquia acadêmica, virou reitor, o que no caso equivale a empresário do ensino. No regrets, ele era bem "Amado" no chapadão, mas nada de fazer segunda voz.
Mas se a primeira metade do texto ficou duas décadas na gaveta, manuscrita a bic azul e depois datilografada na Remington, foi porque não ia rolar uma versão solo. Tinha que ser uma parceria, no sentido musical, afinadinhos em duas vozes e com arranjos de harpas paraguayas no lago azul de Ypacaraí (ou I-pa-caray).
Mas se a primeira metade do texto ficou duas décadas na gaveta, manuscrita a bic azul e depois datilografada na Remington, foi porque não ia rolar uma versão solo. Tinha que ser uma parceria, no sentido musical, afinadinhos em duas vozes e com arranjos de harpas paraguayas no lago azul de Ypacaraí (ou I-pa-caray).
E o Coroné supra-citado não deve ser confundido com o Bento Prado Jr. (embora essa patente não lhe permita dispensar um Juanito Caminador 12 anos on the rocks and rolls) |
Enfim, ficam satisfeitos os co-autores e quase compadres com essa publicação da revista Poros. Agradecimentos ao pessoal da Católica. E... vamos ler e divulgar. Pois é isso que o facebook não tem: conteúdo. Curtiu? (kkkk...)
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Revista POROS
leia de graça em:
http://200.233.146.122:81/revistadigital/index.php/poros
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SEÇÃO QUINTA SEM LEI
2 comentários:
Muito Bom!!!
Valeu, grande Nix! E não podemos nos esquecer do Celinho da Sanfona e nem do trabalho que dá para parecer que temos tempo a perder... aBBraço
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