segunda-feira, 18 de julho de 2011

QUATRO PÊNALTIS PERDIDOS E ALGUNS ACHADOS

CERRADO NÃO QUER CAPA DE REVISTAS, ADMITE MURDOCH


Paulo Ghiraldelli Jr. apresenta-se em seu blog como o “Filósofo da Cidade de São Paulo”.  O colunista Pondé é o filósofo do jornal Folha de São Paulo. E semana passada um editorialista da Folha disse que o Chalita, ex-secretário municipal de Sampa, estaria fazendo campanha disfarçada por meio de vídeos exibidos nas estações de metrô – suas mensagens de auto-ajuda, pura água com açúcar do fisiologismo, fariam dele o “filósofo da revista Caras”. Ghiraldelli gosta de polêmica e milita em favor do pragmatismo norte-americano. Pondé provoca as mulheres, inclusive ou sobretudo as feias, mas outro dia levou um esculacho de um diplomata belga, por conta de suas opiniões duras contra os migrantes oportunistas. Bom saber que vários caras assumem ser filósofos, de naipes diversos, dentro e fora da academia (não só o Olavo de Carvalho, por suposto). Cada um na sua, na sua briga, levando desaforo pra fora de casa e esperando a desforra. Mas que ninguém mande este blog aqui para o Globo Rural. E muito menos para a revista Chácaras e Quintais, se bem que teria sido uma boa matutar numa cadeira de balanço na Quinta da Boa Vista, há duzentos anos mais ou menos.
 

CAVALARIA CRESCENTE E TÉCNICA AURÁTICA


A Alemanha comemora os 125 anos do automóvel do Sr. Benz. Corria 12 km por hora e tinha menos de um cavalo. Dia desses foi vendido o último Bugatti Veyron, de uma série limitada de 300 exemplares. Um monstro da indústria automobilística, com doze cilindros e 1001 hps. Melhor não falarmos de preço, velocidade, arrancada. Uma sugestão razoável: tais maravilhas poderiam ser construídas, mas o certo seria que houvesse apenas um exemplar, para um museu de arte ou design. E que ninguém esnobasse a coisa como mercadoria na estrada. Assim, poderíamos curtir nossa perdição da hora e ficar em paz com Th. W. Adorno e Cia.

COMO SÃO FEIOS OS CARROS FORTES

Com algum dinheiro e juízo, muitos podem comprar e manter um carro. Com muito dinheiro, poucos podem comprar um carro grande, veloz e muito bonito. Com dois milhões, carros de marajás e bandidos. Então, porque será que é tão feio o carro-forte, que vive a carregar dinheiro, muito dinheiro? Tão feio quanto um tanque de guerra. Aliás, merece espaço na garagem deste blog um trato para o slogan “L´automobile c´est la guerre!” Qualquer hora dessas.

LIVRO-OBJETO (de DESPREZO)
Fazer objetos é hoje moda no mundo das artes e coisas parecidas performáticas midiáticas. Há meio século, o termo objeto aparecia no repertório deste sertão da farinha podre como objeto escolar, aliás, no plural, objetos, que iam e vinham bem cuidados - em um estojo. Alguns culturetes pós-modernos acham massa falar de livro-objeto, por exemplo. Deliram nesse papo. Não objeto, meritíssimo, mas ressalvo que um dos gurus de certa vertente cultuada não botava fé. O primo Jorge Luis Borges refugou essa frescura, quando ia receber uma edição de luxo de um conto seu. “Era um livro enorme, encadernado com seda negra com títulos folheados a ouro e impresso em papel azul Fabriano, feito à mão (...) e cada exemplar numerado.” Depois da descrição, Borges, que já não enxergava, exclamou: “Mas isso não é um livro, é um caixa de bonbons!” E o deu de presente ao carteiro, que viera trazer o embrulho.
Goooooooool...
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Post scriptum neste post: Quase dá jogo. Este blog, ao completar 50 posts e mais de 1200 visitas, feliz da vida comunica que já tem dez seguidores. Valeu! Obrigadúúú... Quase dá jogo: mais um e serão onze a bater um bolão, sem chutar a areia e sem culpar a grama platina e nem a brisa cisplatina.

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